Deputado Anibelli Neto (MDB) defende a produção local e se posiciona contra importação de tilápias do Vietnã
O deputado estadual Anibelli Neto (MDB), presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Assembleia Legislativa do Paraná, manifestou sua posição contra a importação de tilápias do Vietnã, em defesa dos produtores paranaenses e dos consumidores.
O posicionamento do deputado surge em meio às discussões sobre o acordo entre o Brasil e o Vietnã para compra de tilápias do país asiático, que levantou preocupações no setor de piscicultura paranaense. Anibelli Neto ressaltou a importância de proteger a produção local e destacou que a importação de tilápias poderia prejudicar a economia e afetar negativamente os trabalhadores do setor.
Anibelli Neto enfatizou que a produção de tilápias no Paraná é uma atividade econômica fundamental para muitas comunidades. “O estado é líder na produção, sendo responsável por 34% do volume total do país, o que proporciona empregos e impulsiona o desenvolvimento regional”, destacou o deputado.
O parlamentar alertou que a importação não apenas ameaçaria o sustento dos produtores, mas também colocaria em risco a qualidade e segurança alimentar dos consumidores. “Isso pode ocorrer porque não temos a mesma garantia de fiscalização e controle de qualidade na produção do peixe importado”, disse Anibelli.
A nível nacional, entidades como a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) também manifestaram sua oposição à importação. “Assim como as entidades oficiais que se posicionaram contra essa medida, seguimos a mesma linha na defesa dos produtores. Eles podem contar conosco nessa luta”, afirmou Anibelli.
Acordo entre o Brasil e Vietnã
No final de setembro, foi estabelecido um Plano de Ação para o acordo de Cooperação Agrícola entre os países, durante uma cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, envolvendo o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Mihn Chinh, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou que “o plano de ação abrange o período de 2023 a 2025 e tem como objetivos a troca de dados sobre exportação agropecuária, a regulamentação e negociação do mercado de importação e exportação de produtos agropecuários, florestais e pesqueiros”.