Alep aprova projeto de Anibelli Neto que institui o “Março Roxo”, um mês de conscientização sobre epilepsia
A Assembleia Legislativa aprovou na sessão desta segunda-feira o projeto de lei de autoria do deputado Anibelli Neto que institui no Paraná, o mês “Março Roxo”, dedicado à realização de ações de conscientização da população sobre a epilepsia.
Pela proposta, serão priorizadas informações sobre: diagnóstico, sintomas e formas de manifestação da doença; métodos de tratamento e convivência com a doença; e cuidados e assistência a serem prestados durante crises de epilepsia.
Fica instituído como símbolo do mês “Março Roxo” uma fita na cor roxa.
EPILEPSIA
Ao defender seu projeto na sessão desta segunda-feira, o deputado Anibelli Neto destacou que a epilepsia é caracterizada pela ocorrência de crises que interrompem o funcionamento do cérebro de forma breve, repetitiva, imprevisível e não provocada. Estas interrupções – afirmou – apresentam-se de maneiras variadas, podendo variar de uma breve ausência de consciência até um ataque convulsivo.
Anibelli Neto citou estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta que a doença atinge mais de 50 milhões de indivíduos no mundo, com estimativa de que 3,5 milhões não recebem ou não fazem o tratamento adequado.
Na América Latina, são quase 8 milhões convivendo com a doença, sendo 3 milhões brasileiros.
DISCRIMINAÇÃO
Para Anibelli Neto, conviver com as manifestações da epilepsia envolve lidar não apenas com o sofrimento causado pela doença, mas também com a discriminação. “Discutir sobre o assunto é uma importante ferramenta para a desconstrução de mitos em relação à doença”, afirmou.
O deputado atesta que o desconhecimento da população sobre epilepsia fica evidente quando ocorrem as crises. A maioria das pessoas não sabe o que fazer ao se deparar com uma pessoa em convulsão.
Assim, a intenção de instituir um mês destinado a conscientização sobre a doença viabiliza o trabalho conjunto entre diversos setores da sociedade, promovendo palestras e campanhas informativas divulgando informações sobre a doença.
O principal objetivo da campanha “março roxo”, destacou, é combater o preconceito por meio da disseminação da informação, pois muitas vezes a pessoa com epilepsia sofre mais com o preconceito do que com a própria doença.
MARÇO ROXO
O março roxo é celebrado em diversos países e a escolha do mês se deu pelo fato de no dia 26 de março ser comemorado o Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia – o Purple Day.
Esta iniciativa surgiu em 2008, no Canadá, inspirada no relato de uma criança chamada Cassidy Megan, ao compartilhar seu sentimento de solidão por ter epilepsia. A cor roxa foi escolhida em alusão às lavandas, por ser uma flor ligada ao sentimento de isolamento, descrito por Cassidy. O objetivo original da campanha era incentivar o diálogo sobre Epilepsia, num esforço comum para reduzir os mitos e fazer com que as pessoas com Epilepsia não se sentissem sozinhas.
NO BRASIL
No Brasil quem encabeça a campanha é a ABE – Associação Brasileira de Epilepsia, uma entidade sem fins lucrativos que se estabeleceu como organização para divulgar conhecimentos acerca dos tipos de epilepsia, com disposição a promover a melhora da qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença.
A instituição integra o International Bureau for Epilepsy e é composta por pacientes, familiares, médicos, neurologistas, nutricionistas e outros profissionais.
O tema da sua campanha 2021 foi “Quem vê cara, não vê epilepsia” e teve como principal objetivo informar para combater o preconceito, enfatizou.