Anibelli Neto destaca os 55 anos do MDB
O deputado Anibelli Neto usou o horário da liderança do MDB na sessão desta quarta-feira para destacar o 55º aniversário do partido. Falou de seu orgulho de integrar os quadros emedebistas afirmando que o MDB “está no seu sangue, no seu coração”.
Quem tem história tem passado e quem tem passado sabe para onde quer ir, disse ele, que fez um resumo da história do MDB.
O MDB nasceu em 24 de março de 1966 e, segundo Anibelli Neto, “jamais faltou ao Brasil”.
“Da oposição à ditadura militar até a luta pelo direito de votar para Presidente. Da Assembleia Constituinte até a estabilização da moeda. Do apoio aos programas sociais até a missão de recuperar o país da pior recessão de sua história”, destacou.
Segundo o deputado, em todo esse tempo, muitos avanços do país tiveram no MDB um porto seguro que garantia a sobrevivência da democracia e da estabilidade política. E é com essa força que vamos construir o Brasil desejado por todos: próspero, livre e moderno, disse.
SEM PERDER A FIRMEZA
Anibelli Neto destacou que o MDB nasceu com propósitos: fazer oposição à ditadura e colaborar com a volta da Democracia. Criado a partir da extinção do pluripartidarismo, pelo Ato institucional nº 2, que instituiu o bipartidarismo, o MDB passou a incomodar quem detinha o poder.
A ditadura reprimia e o MDB seguia firme, destacou. A partir das eleições de 1974, o Movimento cresceu e foi determinante na Lei de Anistia, em 1979, e nas Diretas Já, em 1984.
Anibelli Neto destacou que foi em 1974 que o MDB lançou a candidatura de Ulysses Guimarães contra o militar Ernesto Geisel. “Perdeu a batalha, mas saiu fortalecido para a guerra, por ter percorrido o país com os ideais democráticos”.
Se houve derrota presidencial por um lado, teve vitória legislativa do outro: o aumento da base do MDB, que chegou a 165 deputados.2, “incluindo, com muito orgulho, meu pai, Antonio Martins Anibelli”.
O Movimento Democrático Brasileiro também elegeu a maioria dos deputados no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Aos resultados, os militares reagiram com o Pacote de Abril (1977): promoveram a ampliação do colégio eleitoral dos estados menores, onde havia predominância da Arena (Norte, Nordeste e Centro-Oeste).
MDB se tornava, cada vez mais, a voz daqueles que a ditadura teimava em calar. Tanto que, nas eleições de 1978, obteve 266 votos para sua chapa, composta pelo general Euler Bentes Monteiro e Paulo Brossard contra 355 da chapa composta por João Figueiredo.
A resposta da ditadura não demorou e veio com o presidente Figueiredo, que acabou com o bipartidarismo. O objetivo era dividir a oposição em partidos menores. E, de certa forma, conseguiu: surgiram, por exemplo, o PP, de Tancredo Neves, o PDT de Leonel Brizola e o PT de Lula. A Arena da ditadura virou PDS e o MDB teve que acrescentar o P à sua sigla.
DEMOCRACIA
A Democracia se avizinhava e as Diretas Já ecoaram a vontade popular. Comícios embalavam o ressurgimento das manifestações públicas e fortaleciam a luta pelo retorno da Democracia.
A vontade popular foi determinante para que o STF interpretasse que a lei da fidelidade partidária vigente à época não se aplicava no Colégio Eleitoral. Resultado: Tancredo Neves e José Sarney venceram Paulo Maluf e Flávio Marcílio com uma diferença de 300 votos. Após anos, voltaríamos a ter um presidente civil e não militar.
Anibelli Neto destacou que seu pai, Antonio Martins Anibelli, representou a Assembleia nesta eleição, em 15 de janeiro de 1985, e foi neste momento histórico que – disse – começou a se “apaixonar pela política”.
Volta por cima
Anibelli concluiu seu discurso fazendo uma saudação aos setores do MDB – Juventude do MDB, MDB Mulher, MDB Afro, MDB Sindical e MSB Sócio Ambiental. Disse que tem “o maior orgulho da história que tem com o partido desde as categorias de base, da Juventude”, destacando que foi pelo MDB que se elegeu três vezes deputado estadual e que, neste período, foi vice-presidente estadual do partido e, por sete meses, presidente interino do MDB, além de líder da bancada na Assembleia Legislativa.
“Tenho no coração todas as políticas sociais que foram implementadas neste Estado por seguidos governos do MDB. A chama continua acesa e quero acreditar que daremos a volta por cima e voltaremos a ser um grande partido no Paraná porque o MDB é o maior partido no Brasil. Quando se fala em democracia, liberdade, em equilíbrio, se fala do MDB”, finalizou.
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