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Anibelli Neto participou da Audiência Pública para avaliar possíveis impactos da proposta de privatização do setor energético.
A possibilidade de venda de ativos da Eletrobrás – Centrais Elétricas Brasileiras, por parte do governo federal, motivou a audiência pública “Privatização do Setor Energético: soberania ou dependência”, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná, nesta terça-feira (10). Diversos sindicatos, entidades representativas, associações e integrantes do movimento contra as privatizações estiveram presentes na reunião, que teve como proponentes o deputado Anibelli Neto (PMDB) Líder do Bloco da Agricultura Familiar conjuntamente com outros deputados.
Segundo dados apresentados por um dos coordenadores do Fórum Popular Conta a Privatização da Eletrobras, o ex-deputado federal Nelton Friedrich, o valor de mercado da companhia é de R$ 200 bilhões, sendo que ela representa 30% da geração de eletricidade no país. Frontalmente contrário à privatização, o dirigente ressalta que a função da empresa vai muito além da geração e distribuição e energia. “Energia é o sangue que move a economia. Falam em vender a Eletrobrás por um valor muito inferior do que ela vale, perto de R$ 20 bilhões. Está em jogo um setor estratégico nacional, pois há outros programas desenvolvimentistas que envolvem a companhia e são fundamentais para o Brasil”.
O ex-governador e atual vice-presidente da Associação Comercial do Paraná, Mário Pereira, ressaltou o papel das empresas de energia para os Estados e tudo que representam no âmbito nacional. “Aqui temos a nossa Copel, empresa forte, importantíssima e da qual temos orgulho. E a Copel é um patrimônio estratégico do Paraná, que vai além da produção de energia. Temos que ter clareza também sobre concessões e privatizações. Porque uma concessão é como um aluguel, mas o domínio é público. Já na privatização, o Estado deixa de ter o domínio da empresa. É fundamental que possamos preservar o nosso patrimônio. Portanto, devemos olhar com muita cautela essa questão da Eletrobras”.
Durante a audiência, vários pronunciamentos apontaram o discurso oficial de precarização das empresas por parte dos governos e da necessidade de se venderem ativos para reforço de caixa e pagamento da dívida pública. O coordenador do Fórum Popular Contra a Privatização do Setor Elétrico, Ivo Augusto de Abreu Pugnaloni, afirmou que o Brasil já viveu a experiência de desestatização das energéticas. “Precarizam as empresas sob o argumento de que a privatização é o melhor caminho, criam uma história de que vendida ela será melhor gerenciada, que haverá benefícios para a população. Isso a gente sabe que não acontece, porque já vivenciamos esta situação e foi uma tragédia, inclusive com diversos apagões de energia no país”.
Anibelli Neto
O deputado Anibelli colocou-se contra todas as possíveis privatizações do setor energético do País, afirmando que as empresas públicas são importantes e estratégicas para o desenvolvimento, principalmente no apoio aos mais humildes para pagar uma conta justa, como também aos pequenos empresários e trabalhadores rurais da Agricultura Familiar, que precisam de uma energia elétrica mais barata para competir com os grandes, assim foi no Governo do PMDB no Paraná com o programa Luz Fraterna onde beneficiou milhares de famílias, lembrou que isso só foi possível por que a Copel é uma empresa pública e deve continuar assim no seu ponto de vista. Destacou que em momentos de crise como passa o País as empresas públicas devem servir a população e não aumentar as tarifas de água e de luz por exemplo, e ter como objetivo garantir os empregos existentes e promover o lucro social e não o lucro financeiro dos investidores, por este motivo tem mantido a posição firme a favor da população mais carente do Paraná votado contra os aumentos de tarifas e impostos propostos pelo Governo do Estado.