Assembleia debate reconhecimento do Paraná como estado livre da febre aftosa sem vacinação
Aconteceu na manhã desta segunda-feira (11), no Plenarinho da Assembleia Legislativa, a audiência pública “Paraná Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação”, proposta pelo deputado Anibelli Neto (PMDB). O encontro contou com a presença do secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara; do diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz; do presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette; do presidente da Sociedade Rural do Paraná, Moacir Sgarioni; e de representantes do o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); do Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná a da Associação Paranaense de Suinocultores; entre outras entidades. Também estiveram presentes os deputados Elio Rusch (DEM), Fernando Scanavaca (PDT), Pedro Lupion (DEM), Schiavinato (PP), Márcio Nunes (PSC) e Tiago Amaral (PSB).
Durante o encontro, foram debatidos esforços do Governo do Estado para tornar o estado livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinação, status que será conferido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) desde que alguns requisitos sejam ainda atendidos, conforme normas gerais da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
De acordo com o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o Paraná precisa dar esse passo para que os produtores do estado obtenham melhores resultados comerciais. “A gente faz esse esforço aqui no Paraná para que a nossa produção entre em qualquer mercado sem qualquer restrição, batendo na porta e mostrando competência comercial. Nós queremos chegar a mercados onde nós não estamos hoje e manter os mercados que temos”, disse. O diretor-presidente da Adapar, Inácio Kroetz, afirma que se o Paraná não tornar o estado livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinação a pecuária paranaense perderá força no mercado. “Com certeza, se nós não valorizarmos nossa pecuária, logo nos tornaremos importadores de alimentos”, apontou.
Para o deputado Anibelli Netto, o tema é controverso e necessita de um debate mais aprofundado. “Todos nós queremos que a pecuária possa avançar e isso significa preços melhores para os nossos produtores. Uns entendem que tem que ser uma alternativa, com vacina, e outra parte entende que tem que ser outro caminho, sem a vacina contra a aftosa. Tanto que nós vamos fazer uma segunda audiência no dia 1º de junho, para ouvir aqueles que não puderam participar desta primeira audiência”, afirmou o parlamentar.