Assembleia Legislativa reforça ações de conscientização sobre a epilepsia
Em mais um ano, balões soltos ao vento para minar o preconceito em torno da epilepsia, informar a população sobre a doença e ainda celebrar o Purple Day, o Dia Mundial de Conscientização Sobre a Epilepsia, comemorado em 26 de março. Este foi o objetivo do deputado Anibelli Neto (MDB) ao fazer o gesto, na tarde desta terça-feira (28) na rampa da Assembleia Legislativa do Paraná. O parlamentar é autor da lei 20.585/2021, que tornou o mês de março um período para reforçar ações sobre diagnóstico, sintomas, tratamentos e cuidados durante uma crise convulsiva, o Março Roxo.
A Lei, que entrou em vigor em maio de 2021, prevê a realização de palestras e campanhas sobre a doença que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo. Destas, pelo menos 3,5 milhões não têm um tratamento adequado. No Brasil, três milhões de pessoas são portadoras da doença.
Para o Anibelli Neto, “a intenção é mostrar para as pessoas que ter uma convulsão ou uma crise epilética é algo que pode acontecer com qualquer um, isso faz com que não possamos imaginar que isso elas estão fora da vida. Hoje fico muito feliz de poder estar liderando esse processo dentro da UNALE, que é a União Nacional dos Legisladores Legislativos, existe uma frente parlamentar de conscientização sobre a epilepsia da qual eu faço parte. Nós fizemos ofícios a diversas instituições públicas, algumas delas acataram como por exemplo o Tribunal de Justiça, o TRE e a Câmara Municipal ficaram iluminadas de roxo para que a cidade também busque essas informações”.
A ação, que acontece em diversas Assembleias Legislativas, é uma parceria com a Frente Parlamentar Interestadual em Defesa dos Direitos da Pessoa com Epilepsia (FPIDP), instituída em 2016 pela UNALE.
Purple Day
O 26 de março se transformou em Purple Day (Dia Roxo), no ano de 2008, no Canadá, inspirado no relato de uma menina, que dizia se sentir isolada por ter epilepsia. A cor roxa foi escolhida justamente por causa das flores da mesma cor e as lavandas, ligadas ao sentimento de isolamento descrito pela garota, chamada Cassidy.
Desta forma, a campanha pretendia incentivar o diálogo sobre epilepsia, em um esforço comum para reduzir os mitos e fazer com que as pessoas com a doença não se sentissem abandonadas pela sociedade e também pelas autoridades.
A epilepsia
Conhecida pelas crises que fazem o cérebro parar de funcionar por um curto espaço de tempo (dura menos de um minuto), repetidas vezes, a qualquer momento e não provocada, a doença é chamada, de maneira errônea de “ataque”. Em alguns casos, ela também pode se manifestar de forma mais branda, como alteração na consciência por alguns segundos.
Os especialistas indicam que, em caso de uma pessoa presenciar uma crise, o ideal é ajudá-la a se proteger para que não se machuque.
Fonte: Comunicação/Alep
Foto: Orlando Kissner/Alep