Histórico de Goioerê
O território goioerense tendo sentido o domínio de outros povos a partir do início do século XVIII, permaneceu praticamente desabitado. Em 1943 os irmãos Francisco, Carlos e Wladimir Scarpari estabeleceram de forma pioneira às margens do rio Goioerê, fundando ali as primeiras fazendas de café.
Embalados pelas notícias do surgimento de inúmeras cidades os Scarpari fundaram a Imobiliária Sociedade Goio – Erê.O povoamento do solo se fez a galope, sem precedentes nos fatos de colonização.
As primeiras famílias a adquirirem lotes foram as de Júlio Castilho. Um fator de progresso na região foi à construção de importante rodovia, ligando Campo Mourão a Cascavel e passando pela localidade de Goioerê, permitindo agilidade no transporte.
Através da Lei Estadual nº 48 de 10 de agosto de 1955, foi criado o município de Goioerê, com território desmembrado de Campo Mourão.
O nome da cidade provém da língua Caingangue, nação indígena que habitou (e ainda habita) várias regiões do Paraná, onde GOIO significa “água” e ERÊ significa “limpa e clara”, daí a também denominação do município como “Águas Claras”.
Esta tradução como “Águas Claras” é dada como definitiva, em uma espécie de convenção entre os moradores da cidade e foi registrada oficialmente pela primeira vez pelo jornal Folha da Manhã, em sua edição do dia 5 de setembro de 1986, que designou o termo Goioerê como de origem caingangue, definindo-o como “água limpa ou clara”. Porém conforme o historiador Francisco Filipak, um aprofundado conhecedor da origem dos nomes dos municípios paranaenses, a origem do nome é mesmo caingangue: Goio, engôio = rio + erê, are, rê = campo. Goioerê = rio de campo, rio que passa no meio do campo. Então a etimologia da palavra “Goio-Erê”, mostra que o seu real significado é “Rio de Campo”, ou “rio que passa no meio do campo”.
Existe uma outra versão, menos credenciada, demostrando que a palavra Goioerê tem origem da língua tupi, nação indígena que no século XIX tinha presença mais marcante na região. Conforme esta versão o nome vem de “Goió” (gua yá) = patrício, indivíduo da mesma praça, da mesma tribo + “Erê”= tu, você.
Desta forma, Goioerê significaria, em tupi, “você é da mesma tribo”, ou “tu és patrício”.
No livro “Municípios Paranaenses: origens e significados de seus nomes”, editado pelo Governo do Estado do Paraná, em 2006 traz registrada como a tradução oficial onde Goioerê
Fatos históricos
Em junho de 1987, um frustrado assalto ao Banco do Brasil, tomou a atenção dos jornais de todo o país, pois as pessoas que se encontravam dentro da agencia bancária tornaram-se reféns dos marginais. A situação perdurou por dias e muitos erros foram cometidos; causando constrangimentos à polícia paranaense.
Em Curitiba, o então Comandante da Companhia de Polícia de Choque, Major Valter Wiltemburg Pontes, oficial veterano do Corpo de Operações Especiais, se dirigiu ao Comandante de Policiamento da Capital, Coronel Wilson Odirley Valla, solicitando apoio para criar um pelotão de Operações Especiais semelhante à SWAT estadunidense. Após um período de treinamento e seleção, o pelotão foi ativado em 04 de julho de 1988; e recebeu a denominação de COE – Comandos e Operações Especiais, em homenagem ao antigo Corpo de Operações Especiais (1964 a 1976).
O município de Goioerê está situado na região de maior produtividade de hortelã do mundo, no ano de 1966 o município produziu 250.000 kg e em 1967 foram 600.000 kg sendo considerado o maior produtor do mundo desse importante vegetal na época.
O município se destacou na década de 80 e até meados de década de 90 como maior produtor nacional de algodão, com isso o município que ainda agregava os distridos de Rancho Alegre d’Oeste e Quarto Centenário chegou a ter uma população de 100.360 habitantes. Nos anos de 1990, Goioerê era o maior produtor de algodão do Paraná e o Estado respondia por 50% da produção nacional da cultura. Para o beneficiamento dessa matéria-prima, foram implantadas a Fiação Coagel (Cooperativa Agropecuária de Goioerê) e a Sintex a primeira tinturaria industrial do Estado, prestadora de serviços para terceiros. Sob essas condições houve um boom no setor de confecção na região.
Com o objetivo de se promover o desenvolvimento, empenhou-se para tornar-se um pólo têxtil regional. Envidou ações no sentido de viabilizar a implantação de indústria à jusante da fiação de algodão. Em 1992, foi implantado no município o curso de Engenharia Têxtil através da criação de uma extensão da Universidade Estadual de Maringá.
Fonte : http://goioere.pr.gov.br/conheca-cidade