A Proclamação da República aconteceu no Rio de Janeiro, a antiga capital do país, por um grupo de militares liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que deu um golpe de estado no Império.
Marechal Deodoro da Fonseca instituiu uma república provisória e se consagrou o primeiro presidente do Brasil. A partir desse momento, a população poderia eleger os seus governantes, através de voto direto.
O Brasil era considerado o único país independente do continente americano que ainda era governado por um imperador. A independência do país já havia sido conquistada em 7 de setembro de 1822, através do decreto de D. Pedro I.
Origem da Proclamação da República do Brasil
Durante a Guerra do Paraguai, os militares brasileiros acabaram tendo contato com combatentes de outros países, o que os levou a aprofundar o conhecimento em outros regimes políticos.
Os militares começaram a criar um interesse muito grande pelo ideal republicano e a Guerra só evidenciou o quanto suas carreiras eram desvalorizadas, pois não tinham autonomia nenhuma, uma vez que eram comandados pelo Imperador.
Além disso, o crescimento da classe média nos grandes centros urbanos do país, fazia com que a população começasse a sentir uma maior necessidade de intervir de modo mais direto nos assuntos políticos da nação.
As oposições ao Império também partiram da igreja, pois este impôs interferências diretas no sistema organizacional do clero no Brasil, provocando um grande descontentamento nos bispos, padres e demais membros da Igreja Católica.
Mas, o que salientou e potencializou o movimento republicano foi a abolição da escravatura, através da Lei Áurea de 1888.
Os grandes proprietários rurais escravocratas também passaram a se opor ao império, pois não receberam nenhum tipo de imunização pela perda de posse dos seus escravos. Assim, quase todos os principais grupos sociais existentes naquela época começavam a partilhar a vontade de recusar as interferências impostas pelo império e garantir a liberdade política total.