Parabéns à Polícia Militar do Paraná 164 Anos.
A Polícia Militar do Paraná (PMPR) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública no Estado do Paraná. Ela é Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Seus integrantes são denominados Militares dos Estados, assim como os membros do Corpo de Bombeiros.
História
A Polícia Militar do Paraná foi criada como uma unidade de Caçadores, em 10 de agosto de 1854; com a denominação de Companhia de Força Policial. A história da polícia militar paranaense mostra uma honrosa participação em episódios que marcaram a vida nacional.
Guerra do Paraguai
A Corporação ainda não se encontrava complemente organizada, quando teve de ceder parte do efetivo para a composição dos Corpos de Voluntários da Pátria. De imediato foi formada uma companhia onde incluíram os primeiros policiais. Essa unidade seguiu para o Rio de Janeiro e foi incorporada ao 4º Corpo de Voluntários. A seguir os oficiais saíram em diligência para interior do Estado, para recrutar e formar um novo Corpo; sendo reunido um efetivo apenas suficiente para completar três companhias. Essas companhias foram enviadas à cidade de Desterro (atual Florianópolis, SC) e reunidas a outras duas organizadas em Santa Catarina, compondo o 25º Corpo de Voluntários. Em Uruguaiana, RS, as tropas brasileiras foram reorganizadas; sendo o 25º CVP incorporado ao 31º CVP (organizado com o Corpo Policial da Capital Federal). Esse Corpo destacou-se como uma das melhores unidades na Guerra do Paraguai, e foi uma das últimas a ser desmobilizada.
Revolução Federalista
Para fazer frente ao avanço dos federalistas, o Regimento de Segurança (PMPR) foi colocado à disposição do Ministério da Guerra, e reunido ao 8º Regimento de Cavalaria e o 17º Batalhão de Infantaria do Exército, sob o comando do General Francisco de Paula Argolo.
Essa tropa deveria avançar sobre a cidade de Desterro, onde se concentravam os federalistas e os marinheiros sublevados da Revolta da Armada. Devido o iminente cerco por outras colunas móveis, o General Argolo decidiu recuar as tropas para Rio Negro, PR. Esse procedimento desagradou o Marechal Floriano Peixoto, levando-o a repassar o comando das tropas para o Coronel Antônio Ernesto Gomes Carneiro.
Nesse momento o Paraná já se encontrava sob ataque por diversas frentes. O Coronel Carneiro optou por criar uma linha de defesa concentrado na cidade da Lapa, até receber reforços de São Paulo. Esse reforço nunca chegou, e as tropas resistiram por vinte e seis dias a efetivos numericamente superiores. No dia 7 de fevereiro de 1894 ocorreu o mais violento combate, onde foram mortos o Coronel Carneiro, e o Coronel Dulcídio, Comandante do Regimento de Segurança. Em 11 de fevereiro a praça de guerra capitulou, mas a resistência não foi vã. Ela retardou os revoltosos; permitindo a concentração das forças legalistas, o que contribuiu para a manutenção do governo.
Combatentes do Regimento de Segurança em uniforme de gala, sendo condecorados pelo Presidente do Estado, Carlos Cavalcanti de Albuquerque. Quartel do Comando Geral, em 19 de dezembro de 1915.
Guerra do Contestado
A complexa abrangência do Conflito do Contestado ainda está por ser escrita de forma completa e imparcial.
A guerra civil deflagrou-se quando um movimento messiânico adentrou na região do Irani, área de litígio entre os Estados de Santa Catarina e Paraná. Com o intuito de afastar uma intervenção da União, o governo estadual enviou o Regimento de Segurança para resolver a situação de forma imediata e incisiva. O confronto violento foi desastroso para ambos os lados, e desencadeou justamente o que se procurava evitar, uma intervenção federal.
As operações perduraram de 1912 a 1916. Em 1914, o efetivo da polícia militar que havia sido retirado do local sob o controle dos revoltosos, foi reunido e reforçado, constituindo um Batalhão Tático. Nessa fase a força estadual permaneceu sob o comando do Exército, intervindo apenas em apoio às operações.
Revolta de 1924
As operações nesse conflito desenvolveram-se em duas fases:
Primeira fase
A Força Militar do Estado foi mobilizada e incorporada ao Exército; sendo transportada por trem para o Estado de São Paulo, onde participou dos confrontos na cidade de Itu (27 de julho), Botucatu (1 de agosto), e Ourinhos (12 de agosto).
Segunda fase
Os amotinados da cidade de São Paulo retiraram-se para o oeste do Paraná (Coluna Paulista – 3.000 homens e 14 canhões), procurando se unirem aos do Estado do Rio Grande do Sul (Coluna Gaúcha – 1.500 homens). A FM retornou ao Paraná (14 de setembro) até a cidade de Irati, onde foi reequipada; partindo então em direção oeste. Atuando ativamente nos combates da Serra dos Medeiros (novembro de 1924) e Catanduvas (janeiro de 1925), dentre outros.
Em março de 1925, quatrocentos rebeldes se renderam em Catanduvas. Os sobreviventes das colunas rebeldes (1.500 homens) se uniram em Santa Helena (abril de 1925), e através do Paraguai (Porto Adela), deslocaram-se para o Estado do Mato Grosso; dando início à conhecida Coluna Prestes.
Em maio de 1925 o Governo Federal desmobilizou as tropas, dando as operações por encerradas, porém, para a PMPR os combates estenderam-se até 1927, desbaratando bandos armados independentes que permaneceram agindo na região.
Revolução de 1930
No Paraná a adesão à revolta foi espontânea; sendo o governo estadual assumido por uma Junta Militar, chefiada pelo General Mário Alves Monteiro Tourinho (ex-comandante da PMPR).
As tropas revolucionárias vindas do Rio Grande do Sul reuniram-se às do Paraná, e postaram-se diante da cidade de Itararé, SP. Quando a ofensiva estava pronta a se iniciar, o Governo Federal foi deposto no Rio de Janeiro, evitando dessa forma o confronto. [4] O 1º Batalhão da PMPR foi incorporado como 3º Batalhão do 13º Regimento de Infantaria do Exército (atual 13º BIB); e seguiu para Rio de Janeiro (1 de novembro), para garantir a posse do governo revolucionário.
Revolução de 1932
A PMPR foi incorporada ao Exército Sul, constituindo a chamada Coluna Plaisant; destacando-se na tomada da Capela da Ribeira (31 de julho), Apiaí (4 de agosto), Rio das Almas (15 de agosto), Batatal (17 de agosto), e Capão Bonito (7 de setembro).
Polícia Cidadã
Com o fim do Estado Novo foi dado um novo direcionamento de emprego para a Polícia Militar. A Corporação até então demasiado voltada para a proteção do Estado, passou a ser prioritariamente orientada para a segurança do cidadão. Foram diversificadas suas atividades e criados novos serviços especializados; progressivamente, desenvolvendo a configuração que possui nos dias atuais.
A Polícia Militar do Paraná cresceu e evoluiu, e hoje está voltada aos anseios da comunidade paranaense; garantindo a paz e a proteção da sociedade, fazendo-se presente em todos os Municípios do Estado. Os batalhões tem sede nos principais centro urbanos, e suas companhias e pelotões estão distribuídos pelas localidades circunvizinhas.
Denominações Históricas
* 1854 – Companhia de Força Policial da Província do Paraná
* 1874 – Corpo Policial da Província do Paraná
* 1891 – Corpo Militar de Polícia do Estado do Paraná
* 1892 – Regimento de Segurança do Estado do Paraná
* 1917 – Força Militar do Estado do Paraná
* 1932 – Força Pública do Estado do Paraná
* 1939 – Força Policial do Estado do Paraná
* 1946 – Polícia Militar do Estado do Paraná
Uniformes
Historicamente as forças armadas brasileiras herdaram as tradições militares portuguesas. Da criação em 1854 até os primeiros anos da República, a PMPR usou a cor azul ferrete em seus uniformes. Em 1912foi adotada a cor cáqui; a qual por tradição identifica o policial militar no Paraná, e permanece em uso até os dias atuais. Os bombeiros sempre usaram os mesmos uniformes da PMPR; acrescentando-se apenas seus respectivos distintivos.
Admissão
Existem somente duas formas de ingressar na PMPR: como Soldado ou como Oficial.
Soldado
O candidato presta concurso público, e após aprovado, frequenta o Curso de Formação de Soldados com a duração de nove meses. Ao termino do curso é classificado como Soldado de 1ª Classe. As demais promoções dependem de concurso interno, estando o policial obrigado a prestar um tempo mínimo de serviço em determinadas graduações (Cabo, no mínimo 2 (dois) anos como Soldado; 3º Sargento, no mínimo 2 (dois) anos como Cabo; 2º Sargento, no mínimo 4 (quatro) anos como 3º Sargento; 1º Sargento, no mínimo 2 (dois) anos como 2º Sargento; Subtenente, no mínimo 2 (dois) anos como 1º Sargento). A promoção para Primeiro Sargento depende do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos. A promoção para Segundo Sargento e para Subtenente é por merecimento e antiguidade.
O Soldado pode chegar ao posto de Coronel, desde que aprovado no Curso Especial de Oficiais, permitido ao Subtenente e ao Primeiro Sargento; no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, como Capitão; e no Curso Superior de Polícia, como Tenente-coronel.
Oficial
O candidato presta concurso público, e após aprovado, frequenta o Curso de Formação de Oficiais por três anos na Academia Policial Militar do Guatupê. Ao termino do curso é classificado como Aspirante a Oficial. O Aspirante a Oficial pode chegar ao posto de Coronel, desde que aprovado no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, como Capitão; e no Curso Superior de Polícia, como Tenente-coronel.
Fonte: http://www.pmpr.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=3